Instituto de Medicina Tropical da UFRN vai
fazer testes em pacientes voluntários da doença em parceria com o Hemonorte.
Pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical
da UFRN vão iniciar nesta semana testes com o uso de plasma sanguíneo (a parte
líquida do sangue) no tratamento de casos graves do novo coronavírus no Rio
Grande do Norte. A experiência do IMT - que já acontece de forma semelhante em
outros estados do Brasil - teve aprovação da Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa no ultimo domingo (7).
Essa pesquisa se baseia na transfusão de sangue
de uma pessoa que já foi infectada e está curada do coronavírus para um
paciente que está em tratamento da Covid-19. "O princípio é que se uma
pessoa é infectada por um determinado microorganismo, principalmente um vírus,
ela monta uma resposta de defesa que pode ser de dois tipos: alguns tipos de
célula de defesa e também por anticorpos", explicou a médica Selma
Jerônimo, diretora do Instituto de Medicina Tropical.
Para realizar esses testes, portanto, é
necessário que haja um doador de sangue que tenha sido infectado pelo
coronavírus e esteja recuperado há pelo menos 30 dias. "Nesse plasma
específico tem o anticorpo contra o vírus. E pode ser que tenha o anticorpo
neutralizante, que auxilia a bloquear alguns demarcadores inflamatórios, que
também são importantes para aumentar a doença. Então, a ideia é diminuir a
quantidade de vírus, mas também diminuir algumas das substâncias que causam a
inflamação", explicou a médica.
G1
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