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quarta-feira, 7 de maio de 2014

“Henrique Alves e João Maia não viraram as costas só para mim, mas para todo o RN”

Rosalba Ciarlini comenta situação do DEM e minimiza possibilidade de impeachment: “não houve escândalos”.
A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) acredita que o DEM exercerá papel protagonista nas eleições deste ano. “Eu acho que o DEM sempre teve uma posição na linha de frente. Eu não acredito, de forma nenhuma, que o partido queira, agora, ficar na retaguarda, como apêndice de qualquer coligação”, afirmou.

O presidente do DEM, José Agripino, já avisou: tem simpatia pela candidatura do presidente da Câmara, Henrique Alves, a governador do Estado. Para tanto, topa apoiar até a algoz política número 1 de Rosalba, a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), para o Senado. Para tanto, o DEM teria que enterrar a possibilidade de Rosalba se candidatar à reeleição. Tal projeto do DEM teria como fundamento facilitar a reeleição dos atuais deputados estaduais e federal da legenda.

Rosalba, contudo, não aposta nisso. “O DEM sempre esteve à frente. O DEM realmente representa, no nosso estado, historicamente, uma parcela muito significativa da população. Mas está tudo muito cedo”, disse, ao ser abordada sobre a possibilidade de vir a ser candidata à reeleição ou não.

Instada a dizer se o DEM deve ter candidato próprio, Rosalba declarou se tratar de uma decisão que necessita contar com a participação do eleitorado. Segundo a governadora, a população está acompanhando o comportamento da classe política. Ela deixou nas entrelinhas que o povo poderá rejeitar eventual posição estranha do DEM.

“O DEM sempre teve essa posição. É algo que a população, de uma maneira geral, está analisando, ouvindo. Eles dizem: mas como é possível agora, o DEM que já teve tantos governadores, sempre presente de forma muito participativa, no Senado, agora como vai focar? É uma coisa a ser analisada”, disse.

Rosalba criticou o modo pelo qual os líderes políticos (DEM incluso?) estariam conduzindo a formalização de alianças políticas. “Não existe voto de cabresto”, afirmou. “O povo, hoje, é informado. Participa, chegam informações pela internet, pela TV, pelo rádio. Ele está muito mais participativo e muito mais independente”, ressaltou. “Este é um momento de amadurecimento da democracia e a população está começando realmente a participar”.

Rosalba criticou os que deram as costas a ela, politicamente. Segundo ela, estes deram as costas ao Rio Grande do Norte. A referência da governadora cabe especialmente ao PMDB do presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves e do ministro da Previdência Garibaldi Filho, que rompeu com o governo em setembro do ano passado, e o PR do deputado federal João Maia, que acompanhou o PMDB rompendo no início deste ano. “Eu acho que dar as costas à governadora é estar dando as costas para a solução de problemas do Rio Grande do Norte”, afirmou.
Jornal de Hoje

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