Atual
governadora do Rio Grande do Norte, será candidata a reeleição, segundo
antecipa ex-assessora pessoal dela.
A
governadora Rosalba Ciarlini será candidata a reeleição. E, se não disse isso
para Felipe Maia, ela confidenciou a ex-assessora pessoal dela, Aglair Abreu. Aglair confirmou que o partido está “fechado” para a
reeleição da gestora estadual – mesmo ela amargando alto índice de rejeição e
estando, no momento, inelegível por oito anos.
“Agora,
é pra valer. O DEM começa a tratar objetivamente da eleição de outubro. A
governadora Rosalba Ciarlini recebeu, em almoço, o deputado Felipe Maia. Foi
nesta segunda-feira (19). Também presente, o deputado Getúlio Rego, o líder que
não abre mão do protagonismo do Democratas, no próximo escrutínio, batalha que
promete ser animada.
Discurso
afinadíssimo, ao que parece. Felipe saiu falando de fortalecimento; Getúlio
Rego, de unidade; Rosalba, de reciprocidade”, revelou a blogueira no texto.
“Largada,
em alto estilo, testemunhada por Carlos Augusto Rosado e, certamente, com a
combinação do chefe, o senador José Agripino Maia. É a notícia que poucos
aguardavam, mas depois do posicionamento do pauferrense traquejado, muita coisa
mudou. Estabeleceu-se novo marco, redimensionou-se o traçado. A reflexão
colocou-se irretorquível, o acontecimento tornou-se inevitável. Implacável para
os contrários. Vai ter DEM na disputa proporcional e na corrida majoritária. E
já em busca de aliados. Prevaleceu a verdade. ‘Uma amizade de tanto tempo não
se faz sem autenticidade, sem sinceridade’, na enfática palavra do jovem
parlamentar, em tom de desiderato”, acrescentou Aglair Abreu.
Não
é de hoje que a candidatura de Rosalba Ciarlini vem “ganhando força”. Na semana
passada, em entrevista, a gestora estadual afirmou que o DEM não poderia abrir
mão de ocupar um espaço na vaga majoritária, ou seja, uma disputa pelo Governo
ou pelo Senado. Claro que Rosalba sabe que, se for para ter espaço na
majoritária, o mais fácil será lança-la, uma vez que ela é a atual governadora
(a única do DEM no País, inclusive).
O
problema é que, lançando o nome agora, Rosalba dificilmente conseguiria aliados
suficientes para preencher toda a chapa majoritária. Por isso, o DEM teria que
ir para a disputa, possivelmente, com uma chapa “puro sangue”, tendo que
lançar, também, o ex-deputado federal Ney Lopes para o Senado – o mesmo já se
ofereceu para isso em diversos artigos publicados no início do ano pel’O Jornal
de Hoje.
O
problema é que, muito além de um interesse de Rosalba, a candidatura a
reeleição da governadora é, também, uma questão de Justiça. Afinal, ela foi
condenada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por usar a máquina pública
estadual para beneficiar a candidata apoiada por ela, Cláudia Regina (já
cassada). São duas condenações na Justiça que a gestora teria que anular para
sair da condição de “ficha suja” e tentar se candidatar.
Henrique:
“Estamos aguardando que o DEM resolva lá seus problemas”
Apesar
de ser ex-assessora de Rosalba e, por tanto, em tese, ter informações especiais
da governadora, enquanto a cúpula partidária não confirmar que vai mesmo
lançá-la candidata a reeleição, não será possível descartar totalmente a
possibilidade do DEM ainda apoiar a candidatura de Henrique ao Governo, embora,
de fato, não haver negociação alguma neste sentido no momento. Por que?
Justamente por causa do “problema” Rosalba Ciarlini.
“A
questão do DEM, até por respeito ao presidente nacional, o senador José
Agripino, estamos aguardando que o partido resolva lá seus problemas, tem a
candidatura da governadora Rosalba que não sei como ela vai caminhar, mas acho
que é hora de respeitar o partido, que vai ter sua discussão interna, definir
seu caminho e, portanto, não tenho nada a acrescentar”, afirmou o pré-candidato
Henrique em entrevista publicada no Portal No Ar neste final de semana.
No
início do ano, PMDB e DEM ficaram bastante próximos, mesmo com todas as
críticas feitas pelos peemedebistas a gestão estadual de Rosalba Ciarlini,
colocada como centralizadora e fechada. José Agripino, inclusive, chegou a
afirmar que a aliança com o PMDB e com o PSB era o “caminho natural” do DEM.
Porém,
apesar de desejada por Agripino, até por facilitar a reeleição do filho,
Felipe, a possibilidade de aliança com Henrique não é criticada apenas por
Rosalba não. Ney Lopes, que disputaria o Senado caso a governadora fosse
lançada a reeleição, já afirmou que o maior erro do DEM foi abrir espaço para o
PMDB no governo – e esse já seria um discurso de campanha afinal, uma vez que
Rosalba também já deu declarações nesse sentido.
“O
maior erro de Rosalba não foi permanecer no DEM. Foi o de praticamente entregar
o seu governo ao PMDB, que ficou com expressiva fatia na administração
estadual, inclusive na área social (Secretaria de Bem Estar), economia e outros
setores, com nomeações de mais de 300 ‘indicados’”, afirmou o ex-deputado
federal.
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