A
decisão do Conselho de Ética da câmara ainda precisa ser referendada no plenário da Casa.
Acusado
de envolvimento com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cacheira, o deputado Goiano Carlos Alberto Leréia teve seu mandato suspenso
nesta quarta-feira, 11, por 90 dias pelo Conselho de Ética da Câmara. A decisão
do Conselho de Ética ainda precisa ser referendada no plenário da Casa.
A punição, com base em parecer elaborado pelo deputado Sérgio Brito (PSD-BA), é bem mais branda do que havia sido inicialmente sugerida pelo ex-relator do caso, deputado Ronaldo Benedet.
A punição, com base em parecer elaborado pelo deputado Sérgio Brito (PSD-BA), é bem mais branda do que havia sido inicialmente sugerida pelo ex-relator do caso, deputado Ronaldo Benedet.
No
final de agosto, o peemedebista havia pedido a cassação do mandato do tucano,
sob o argumento de que as suas relações com Cachoeira envolveram não só amizade,
mas negócios ilícitos. À época, Benedet afirmou que 'fica ainda evidente a
participação do parlamentar na intermediação dos interesses buscados por
Carlinhos Cachoeira". Mas seu voto acabou derrotado por ampla margem.
Nesta quarta-feira, deputados no Conselho de Ética saíram em defesa de Leréia e chegaram a criticar a nova pena, alegando que o tucano não poderia ser condenado apenas por ser amigo do contraventor. A maioria, no entanto, seguiu o entendimento do relator e apoiou a suspensão de três meses.
O processo ético-disciplinar contra o tucano foi aberto há seis meses. O deputado Sérgio Brito abriu seu voto nesta tarde discordando do antigo relator. "Não acredito na total procedência da representação formulada pela Mesa Diretora nem entendo que o comportamento do deputado Carlos Alberto Leréia legitima a aplicação pela Câmara dos Deputados da grave pena de cassação", escreveu.
Brito, entretanto, considerou "censurável" a amizade de Leréia com Cachoeira, "notoriamente conhecido no Estado de Goiás pelo envolvimento com o jogo ilegal". Ele acrescentou que várias ligações telefônicas do tucano com o contraventor revelaram uma "evidente relação de intimidade que pôs em dúvida a lisura dos atos do parlamentar e a seriedade do próprio Parlamento", o que embasou o resultado de seu relatório.
Defesa. Carlos Alberto Leréia informou, por meio de nota, que entrará com recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra a decisão. Leréia diz, na nota, que a decisão foi "contrária às provas que constam nos autos" e que entrará com o recurso no "momento oportuno".
Nesta quarta-feira, deputados no Conselho de Ética saíram em defesa de Leréia e chegaram a criticar a nova pena, alegando que o tucano não poderia ser condenado apenas por ser amigo do contraventor. A maioria, no entanto, seguiu o entendimento do relator e apoiou a suspensão de três meses.
O processo ético-disciplinar contra o tucano foi aberto há seis meses. O deputado Sérgio Brito abriu seu voto nesta tarde discordando do antigo relator. "Não acredito na total procedência da representação formulada pela Mesa Diretora nem entendo que o comportamento do deputado Carlos Alberto Leréia legitima a aplicação pela Câmara dos Deputados da grave pena de cassação", escreveu.
Brito, entretanto, considerou "censurável" a amizade de Leréia com Cachoeira, "notoriamente conhecido no Estado de Goiás pelo envolvimento com o jogo ilegal". Ele acrescentou que várias ligações telefônicas do tucano com o contraventor revelaram uma "evidente relação de intimidade que pôs em dúvida a lisura dos atos do parlamentar e a seriedade do próprio Parlamento", o que embasou o resultado de seu relatório.
Defesa. Carlos Alberto Leréia informou, por meio de nota, que entrará com recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra a decisão. Leréia diz, na nota, que a decisão foi "contrária às provas que constam nos autos" e que entrará com o recurso no "momento oportuno".
Nenhum comentário:
Postar um comentário