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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Especialistas se reúnem em Natal para discutir prevenção e combate ao uso de drogas

Evento que teve início na sexta-feira (28) e se encerra no domingo (30) aconteceu no Hotel Praia Mar, em Ponta Negra.
Especialistas renomados do Brasil estiveram em Natal, neste final de semana, para discutir questões envolvendo a prevenção e o combate ao álcool e outras drogas na XVII Jornada Norte-Riograndense de Psiquiatria. Especialistas defenderam que a questão da droga não pode ser vista apenas pelo viés da marginalidade. Segundo eles, existem outros fatores condicionantes que precisam ser levados em consideração na hora de se discutir políticas de prevenção e combate ao uso de entorpecentes.

O Brasil tem, atualmente, 1 milhão de dependentes químicos e 10% deles são adolescentes. O dado foi apresentado pela Doutora Ana Cecília Marques, médica psiquiátrica e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (ABEAD). Segundo ela, a estatística é referente ao consumo de crack, a droga que mais rápido causa dependência.

A especialista defende que a questão da droga não pode ser vista apenas pelo viés da marginalidade. Segundo ela, existem outros fatores condicionantes que precisam ser levados em consideração na hora de se discutir políticas de prevenção e combate ao uso de entorpecentes.

O fator humano é um deles. A especialista explica que a história tem se encarregado de mostrar que cada nação ou cultura tem sua droga, as quais são usadas em diferentes rituais, sejam eles de cunho social ou religioso. Outro fator é o aspecto econômico que permeia o mundo das drogas, o qual se te mostrado como um perigoso e lucrativo mercado em escala industrial.

A partir disto, a doutora propõe a criação de uma política robusta e mais abrangente. “Para um fenômeno novo que a gente entende pouco nos vamos ter que ficar muito espertos. A gente não pode adotar uma política do tudo ou nada. Temos que procurar se aprofundar sobre esse fenômeno”, ponderou.

Para a presidente da ABEAD, tal política deverá levar em conta um caráter preventivo, que trate daqueles já ficaram dependentes, além de focar no controle da disponibilidade da droga, começando com uma maior fiscalização na comercialização das drogas lícitas, pelas quais muitos jovens iniciam sua jornada no mundo da dependência química.

Ainda segundo a especialista, o processo de Desenvolvimento de politicas voltadas ao combate das drogas deve ser trabalho de maneira integrada entre as esferas municipal, estadual e federal. Tais políticas deverão levar em conta também as características próprias de cada região.

A doutora alerta ainda para uma nova onda de drogas sintéticas que começa a invadir o Brasil. Segundo ela, o país está vivendo uma verdadeira inundação de drogas de diferentes tipos. “Para se ter uma ideia, o Brasil é o único país da América Latina onde o consumo das drogas ilícitas aumentou”, destaca ela.

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