Governo
do Estado não tem projeto para solucionar o grave problema no sistema
carcerário do Rio Grande do Norte.
A
presença da Força Nacional no Rio Grande do Norte não tem obtido êxito na
tarefa de restabelecer a normalidade no sistema prisional do Estado. Os
problemas continuam surgindo todo momento, sequenciando a crise que estourou
com os motins ocorridos no mês de março e que destruiu todos presídios
estaduais.
A
situação voltou a se agravar no início da semana com a fuga de 32 detentos da
Penitenciária Estadual Alcaçuz, localizada em Nísia Flores, na Grande Natal.
Foi a segunda maior fuga da história do sistema prisional potiguar. Até ontem
(7) a Polícia só havia recapturado três fugitivos.
Também
ontem, os presos da Delegacia de Plantão da Zona Sul, bairro da Candelária, em
Natal, iniciaram novo motim obrigando a Polícia Militar a trabalhar muito para
contornar a situação. 30 detentos e um adolescente apreendido começaram o
tumulto, revoltados com a precariedade do local.
A
delegacia chegou a acumular 30 presos na única cela do local, que tem
capacidade para apenas quatro pessoas. A cela não possui banheiro e não tem
estrutura de ventilação.
A
superlotação e o calor provocaram a explosão de ira dos presos. Um dos detentos
desabafou: “Os caras, todo mundo com calor, passou mal bem uns seis caras,
desmaiou. Teve um que teve até convulsão.”
O
Governo do Estado, via Secretaria de Segurança, iniciou a transferência de
presos, porém, especialistas afirmam que o problema está apenas sendo
transferido de um lugar para outro, já que as delegacias estão superlotados e
os presídios sem mínimas condições de segurança.
A
crise no sistema prisional do Rio Grande do Norte é grave.
De Fato
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