A
prefeita Micarla de Sousa (PV) ainda mantinha sob sigilo a possível candidatura
à reeleição, mas ontem o líder do Governo na Câmara Municipal de Natal (CMN),
vereador Enildo Alves (DEM), acabou por antecipar a decisão durante entrevista
na rádio 96 FM. O parlamentar afirmou que a pevista busca um espaço para se
defender da avalanche de críticas apontadas para a gestão, sobretudo as que
virão durante a campanha eleitoral. "Pelo menos ela vai ter o horário
eleitoral para se defender", disse. Enildo apóia a decisão da chefe
do Executivo, defende a administração municipal, mas anunciou o apoio ao
pré-candidato Rogério Marinho (PSDB). É que o DEM, legenda a qual pertence o
vereador, é parte do arco de alianças do pré-candidato tucano. Se confirmada, a
coligação da prefeita do PV já tem inclusive um provável vice: o ex-secretário
municipal de Obras Públicas e Infra-estrutura de Natal (Semopi), o engenheiro
Sérgio Pinheiro.
O
projeto de Micarla de Sousa de disputar a reeleição tem sido amplamente
discutido com aliados - entre eles o PP e, solitariamente, Antônio Jácome, do
PMN - e o assunto é tratado como consumado. Muitas reuniões estão ocorrendo na
sede da TV Ponta Negra, empresa de propriedade da família da prefeita, sempre à
noite. Além de Jácome, aparecem constantemente nos encontros os deputados
estaduais Gilson Moura (PV) e Leonardo Nogueira (DEM), este último, apesar do
DNA democrata, irmão da secretária municipal de Saúde, Maria do Perpétuo
Socorro Nogueira. A equipe da pré-candidata do PV já está avisada da intenção,
agora iminente, de lançar-se na disputa.
"Ela não abre mão de comparar a gestão atual com as anteriores para que as pessoas possam ter a real ideia da situação", destacou um auxiliar do primeiro escalão. Ele preferiu o anonimato porque prefere aguardar o anúncio pela própria prefeita. Para ele, a atitude de Enildo Alves de antecipar o veredicto foi deselegante. "Não é esse o papel dele", criticou. Micarla de Sousa tem aparecido nas últimas pesquisas de intenção de votos com uma desaprovação histórica da população à gestão. A margem ultrapassa os 90% e o desgaste da administração municipal tem afastado aliados da Prefeitura e servido de discurso para adversários que externam em alto tom "a urgência de tirar Natal do caos". Ela contesta essa retórica.
Para a prefeita, a capital soma avanços consistentes em áreas como Saúde, Educação, Habitação, entre outras. Mas a população, indagada nas ruas nas inúmeras pesquisas eleitorais, atesta o inverso. Além do alto percentual de rejeição, Micarla de Sousa é citada por uma ínfima parcela dos entrevistados - a última análise apontou menos de 2% - como sendo a candidata preferencial. Se anunciar o ingresso oficial no pleito, a prefeita enfrentará aliados na eleição passada, como o deputado Rogério Marinho.
'PT pedeu a chance de conduzir a sucessão em Recife', diz o prefeito
Recife (AE) - Disposto a "lutar até o fim" para ser candidato à reeleição, o prefeito João da Costa concordou ontem com o governador Eduardo Campos (PSB), para quem o partido perdeu a condição de coordenar a sucessão no Recife. "A forma de conduzir o processo está levando o PT a perder estas condições", afirmou ele, em entrevista a uma rádio local, ao reafirmar que não descarta a possibilidade de entrar na justiça eleitoral para garantir o que considera um direito seu.
"Minha candidatura hoje é consistente, temos condições de vencer a disputa no Recife, estamos fazendo um governo melhor a cada dia", avaliou o prefeito, que aguarda, no dia 25, o julgamento do recurso impetrado à direção nacional do partido contra a decisão da executiva de impor o senador Humberto Costa como candidato. O nome do senador foi homologado também pelo diretório municipal.
João da Costa disputou e venceu prévias com o deputado federal Maurício Rands, no dia 20. Elas foram anuladas diante de questionamento sobre a regularidade dos votantes. Novas prévias foram marcadas, mas Maurício Rands, atendendo à direção nacional, renunciou em nome de Humberto Costa. João da Costa manteve a candidatura e luta para ser reconhecido candidato, o que, ao seu ver, seria natural diante da desistência do adversário.
"Não adianta tratar as coisas sem convencer, sem conversar, sem ser pela política", disse o prefeito. "Isso o povo do Recife não aceita, por onde tenho andado é uma indignação só". Para ele, a direção nacional tem que "conhecer melhor o que está acontecendo".
Humberto Costa, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), tem apoio do ex-presidente Lula, que já se comprometeu a participar de sua campanha. Ele confia que ainda irá costurar a unidade do PT e dos partidos aliados da Frente Popular, comandada pelo governador Eduardo Campos.
"Ela não abre mão de comparar a gestão atual com as anteriores para que as pessoas possam ter a real ideia da situação", destacou um auxiliar do primeiro escalão. Ele preferiu o anonimato porque prefere aguardar o anúncio pela própria prefeita. Para ele, a atitude de Enildo Alves de antecipar o veredicto foi deselegante. "Não é esse o papel dele", criticou. Micarla de Sousa tem aparecido nas últimas pesquisas de intenção de votos com uma desaprovação histórica da população à gestão. A margem ultrapassa os 90% e o desgaste da administração municipal tem afastado aliados da Prefeitura e servido de discurso para adversários que externam em alto tom "a urgência de tirar Natal do caos". Ela contesta essa retórica.
Para a prefeita, a capital soma avanços consistentes em áreas como Saúde, Educação, Habitação, entre outras. Mas a população, indagada nas ruas nas inúmeras pesquisas eleitorais, atesta o inverso. Além do alto percentual de rejeição, Micarla de Sousa é citada por uma ínfima parcela dos entrevistados - a última análise apontou menos de 2% - como sendo a candidata preferencial. Se anunciar o ingresso oficial no pleito, a prefeita enfrentará aliados na eleição passada, como o deputado Rogério Marinho.
'PT pedeu a chance de conduzir a sucessão em Recife', diz o prefeito
Recife (AE) - Disposto a "lutar até o fim" para ser candidato à reeleição, o prefeito João da Costa concordou ontem com o governador Eduardo Campos (PSB), para quem o partido perdeu a condição de coordenar a sucessão no Recife. "A forma de conduzir o processo está levando o PT a perder estas condições", afirmou ele, em entrevista a uma rádio local, ao reafirmar que não descarta a possibilidade de entrar na justiça eleitoral para garantir o que considera um direito seu.
"Minha candidatura hoje é consistente, temos condições de vencer a disputa no Recife, estamos fazendo um governo melhor a cada dia", avaliou o prefeito, que aguarda, no dia 25, o julgamento do recurso impetrado à direção nacional do partido contra a decisão da executiva de impor o senador Humberto Costa como candidato. O nome do senador foi homologado também pelo diretório municipal.
João da Costa disputou e venceu prévias com o deputado federal Maurício Rands, no dia 20. Elas foram anuladas diante de questionamento sobre a regularidade dos votantes. Novas prévias foram marcadas, mas Maurício Rands, atendendo à direção nacional, renunciou em nome de Humberto Costa. João da Costa manteve a candidatura e luta para ser reconhecido candidato, o que, ao seu ver, seria natural diante da desistência do adversário.
"Não adianta tratar as coisas sem convencer, sem conversar, sem ser pela política", disse o prefeito. "Isso o povo do Recife não aceita, por onde tenho andado é uma indignação só". Para ele, a direção nacional tem que "conhecer melhor o que está acontecendo".
Humberto Costa, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), tem apoio do ex-presidente Lula, que já se comprometeu a participar de sua campanha. Ele confia que ainda irá costurar a unidade do PT e dos partidos aliados da Frente Popular, comandada pelo governador Eduardo Campos.
Tribuna do Norte
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