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terça-feira, 19 de junho de 2012

Falta de esgotos afasta RN da sustentabilidade

O Rio Grande do Norte ainda precisa fazer uma longa caminhada para atingir a condição de sustentabilidade ambiental. No Estado, 64% das moradias despejam esgotos em fossas rudimentares enquanto 4% estão ligados à rede geral de coleta. O porcentual de pessoas morando em áreas com esgotamento adequado é de 18%, ante 49,5% na Paraíba, 38,7% no Ceará e 58,9% na Bahia. Do total de 4,9 mil toneladas de lixo produzidas diariamente pelos mais de 3,1 milhões de habitantes somente metade tem destinação correta. O restante é queimado ou enterrado na propriedade do morador ou jogado em terrenos baldios, segundo o estudo "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável-IDS 2012", divulgado ontem pelo IBGE como contribuição ao debate na conferência Rio+20. 


O estudo traça um panorama do país, em quatro dimensões: ambiental, social, econômica e institucional. Os 62 indicadores, produzidos ou reunidos pelo IBGE, mostram ganhos e fragilidades no plano nacional. Entre os ganhos, incluem-se o aumento do número de áreas protegidas, a queda da mortalidade infantil, pela metade, em uma década, e o acesso crescente às redes de água e esgoto e aos serviços de coleta de lixo. Entre as fragilidades, estão a permanência das desigualdades socioeconômicas e de gênero.

"Um dos maiores desafios é o do saneamento, cujos valores de coleta, destinação ou tratamento adequado de água, esgoto e lixo, em parte ainda baixos, interagindo com outros indicadores, apontam para consequências como persistência do elevado número de internações por doenças ligadas à falta de saneamento básico, mais comuns no Norte e no Nordeste", diz um informe do IBGE. O documento alerta para ameaças crescentes aos biomas e espécies brasileiras sob perigo de extinção. "Os níveis de reciclagem são elevados, embora mais associados à atividades de catadores do que a coleta seletiva. As taxas de homicídios e de acidentes de transportes ainda são altas no Brasil."
Informações da Tribuna do Norte

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