O Rio Grande do Norte ainda precisa fazer uma
longa caminhada para atingir a condição de sustentabilidade ambiental. No
Estado, 64% das moradias despejam esgotos em fossas rudimentares enquanto 4%
estão ligados à rede geral de coleta. O porcentual de pessoas morando em áreas
com esgotamento adequado é de 18%, ante 49,5% na Paraíba, 38,7% no Ceará e
58,9% na Bahia. Do total de 4,9 mil toneladas de lixo produzidas diariamente
pelos mais de 3,1 milhões de habitantes somente metade tem destinação correta.
O restante é queimado ou enterrado na propriedade do morador ou jogado em
terrenos baldios, segundo o estudo "Indicadores de Desenvolvimento
Sustentável-IDS 2012", divulgado ontem pelo IBGE como contribuição ao
debate na conferência Rio+20.
O estudo traça um panorama do país, em quatro
dimensões: ambiental, social, econômica e institucional. Os 62 indicadores,
produzidos ou reunidos pelo IBGE, mostram ganhos e fragilidades no plano
nacional. Entre os ganhos, incluem-se o aumento do número de áreas protegidas, a
queda da mortalidade infantil, pela metade, em uma década, e o acesso crescente
às redes de água e esgoto e aos serviços de coleta de lixo. Entre as
fragilidades, estão a permanência das desigualdades socioeconômicas e de
gênero.
"Um dos maiores desafios é o do
saneamento, cujos valores de coleta, destinação ou tratamento adequado de água,
esgoto e lixo, em parte ainda baixos, interagindo com outros indicadores,
apontam para consequências como persistência do elevado número de internações
por doenças ligadas à falta de saneamento básico, mais comuns no Norte e no
Nordeste", diz um informe do IBGE. O documento alerta para ameaças
crescentes aos biomas e espécies brasileiras sob perigo de extinção. "Os
níveis de reciclagem são elevados, embora mais associados à atividades de
catadores do que a coleta seletiva. As taxas de homicídios e de acidentes de
transportes ainda são altas no Brasil."
Informações da Tribuna do Norte
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