Papa
Francisco fez uma aparição pública e abençoou os fiéis na Praça de São Pedro no
domingo de Páscoa 20 de abril
Morreu
nesta segunda-feira (21/04), aos 88 anos, o papa Francisco, primeiro papa
sul-americano e jesuíta da história da Igreja Católica.
Segundo
o Vaticano, as causas da morte foram um acidente vascular cerebral (AVC),
seguido de um quadro de insuficiência cardíaca irreversível.
O pontífice faleceu em sua residência no Vaticano, Casa Santa Marta. O anúncio da morte do pontífice foi feito pelo cardeal Farrell:
"Caros
irmãos e irmãs, é com profundo pesar que me cabe anunciar a morte de Sua
Santidade Papa Francisco."
"Ele
nos ensinou a viver os valores das Escrituras com fidelidade, coragem e amor
universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados."
Segundo
a certidão médica que atestou a morte, o papa sofreu um AVC cerebral, entrou em
coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35, pelo horário de
Roma (2h35 em Brasília).
O
boletim médico informa que o quadro foi agravado por pneumonia bilateral,
bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2. A morte foi
confirmada por um exame de eletrocardiograma.
O
papa Francisco ficou internado de 14 de fevereiro a 23 de março no hospital
Gemelli, em Roma, após sentir dificuldades para respirar durante vários dias.
Sucessor
de Bento 16, primeiro papa a renunciar em quase 600 anos, Francisco esteve à
frente da Igreja Católica durante 12 anos.
Jorge
Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1936. Ele virou padre
aos 32 anos, foi arcebispo de Buenos Aires, e se tornou o Papa Francisco aos 76
anos, em 2013.
O
nome foi escolhido pelo argentino como homenagem a São Francisco de Assis, um
santo associado ao compromisso com os mais pobres.
À
época de sua eleição, a escolha surpreendeu as listas de favoritos, e suas
declarações, atitudes e condução da Igreja causaram espanto semelhante entre
aqueles que apostavam numa repetição do conservadorismo de Bento 16.
Francisco
foi considerado por alguns especialistas um papa moderno, próximo de causas
sociais e sem medo de tocar em temas polêmicos para a tradição e os costumes
católicos
Com
o fim de seu papado, inicia-se um processo longo, que passa por um período de
luto e pelos rituais fúnebres, até a eleição de um novo papa.
Os
papas são tradicionalmente escolhidos por cardeais num processo eleitoral
extremamente secreto que remonta aos tempos medievais.
Entenda
o que acontece a seguir.
O
período de luto
Quando
um papa morre, nove dias de luto são declarados e o enterro ocorre entre o 4º e
o 6º dia após a morte.
O
funeral é organizado pelo camerlengo (título do tesoureiro nomeado da Santa
Sé), que também organiza o conclave que escolhe o próximo papa.
Atualmente,
essa função é desempenhada pelo cardeal irlandês Kevin Farrell.
Em
um ato simbólico, o camerlengo quebra o "Anel do Pescador", o anel de
sinete de ouro dos papas. No centro do anel, há uma gravura de São Pedro
lançando sua rede de um barco e o nome do pontífice reinante está inscrito na
borda.
O
ato simboliza a suspensão do poder pontifício. Este é o momento da chamada sede
vacante, ou "trono vazio".
O
poder dentro da igreja passa então às mãos do Sagrado Colégio dos Cardeais.
Funeral
e enterro
Ainda
nesta segunda-feira, às 15h no horário de Brasília, o cardeal Kevin Joseph
Farrel, presidirá o rito de constatação da morte e o depósito do corpo do papa
Francisco no caixão.
A
expectativa é que o funeral do papa seja realizado na Praça de São Pedro, bi
Vaticano, atraindo milhares de fiéis e chefes de Estado.
Uma
fonte no governo confirmou à BBC News Brasil que Lula planeja ir a Roma para
acompanhar o funeral do papa Francisco. O Planalto confirmou oficialmente a
informação.
A
cerimônia deverá ser conduzida pelo decano do Colégio dos Cardeais, atualmente
o italiano Giovanni Battista Re, de 91 anos.
Tradicionalmente,
os papas costumam ser sepultados nas Grutas do Vaticano, criptas localizadas
sob a Basílica de São Pedro, onde estão enterrados quase 100 papas, incluindo
Bento 16, morto em 2022.
No entanto, Francisco manifestou o desejo de ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, uma das suas igrejas favoritas.
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