Perda estimada para 27 municípios potiguares é
de aproximadamente R$ 100 milhões
A Justiça do Rio Grande do Norte já atendeu aos
pedidos de pelo menos quatro prefeituras e determinou a suspensão da redução do
coeficiente de transferência de recursos do Fundo de Participação dos
Municípios, após a publicação da prévia do Censo 2022 feita pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística.
Segundo a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, a Justiça já deu decisões favoráveis para as cidades de São Paulo do Potengi, Pau dos Ferros, Nova Cruz e São Miguel.
Pelo menos 27 municípios tiveram queda do
coeficiente. e a perda estimada para essas cidades, somada, é de
aproximadamente R$ 100 milhões anuais. Os prefeitos querem que a mudança só
ocorra no próximo ano, após a publicação final do Censo, prevista para 2023.
O recurso do FPM é oriundo da arrecadação do
imposto de renda e de outros tributos federais como o IPI e distribuído aos
municípios brasileiros de forma proporcional à população.
As cidades são classificadas em coeficientes
que variam de 0,6 - municípios com até 10.188 habitantes - a 4, que são os
municípios com 156.216 habitantes ou mais.
De acordo com o presidente da Femurn, o
prefeito Anteomar Pereira, mais conhecido como Babá, os prefeitos decidiram
ingressar com ações individuais, mas a entidade também pretende acionar a
Justiça com uma ação coletiva. "Se, por acaso, algum município perder sua
ação, teríamos essa outra", argumenta.
Na decisão favorável ao município de São Paulo do Potengi, o juiz federal José Carlos Dantas de Souza considerou a alteração nos últimos dias do ano de 2022 surpreendeu o município, gerando a necessidade urgente de adequação do orçamento. Ele também considerou que o censo demográfico iniciado em 2022 ainda não chegou ao fim, o que contraria a Lei Complementar n.º 165, de 2019.
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