Operação Níquel cumpriu 7 mandados de prisão e
apreendeu R$ 16 milhões em bens dos investigados, nesta terça (14). Uma pessoa
foi presa em flagrante.
Uma operação da Polícia Federal que visa
combater contrabando de cigarros e outras mercadorias estrangeiras cumpriu sete
mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Norte e
mais dois estados, na manhã desta terça-feira (14). Segundo a PF, há participação
de policiais militares nos crimes. A prisão de um tenente-coronel foi
confirmada.
Segundo apuração da Inter TV Cabugi, o oficial
preso é o tenente-coronel André Luiz Fernandes da Fonseca, conhecido como
coronel Fernandes, sub-comandante do Comando de Policiamento do Interior. Um
dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na sala dele, no quartel-geral
da PM em Natal. Outros policiais também foram presos.
Em nota, o Comando da Polícia Militar do Rio
Grande do Norte informou que, diante das prisões, determinou a instauração
imediata de processo administrativo para apurações dos fatos. "A Polícia
Militar reforça que é comprometida com a legalidade e dignidade da pessoa
humana", disse em nota.
Os mandados da Operação Níquel foram cumpridos
em Natal, São Paulo e Abaetetuba, no Pará. De acordo com a corporação, cerca de
130 agentes foram mobilizados e a Justiça autorizou sequestro de R$ 16 milhões
em bens dos investigados.
Dos sete mandados de prisão, seis foram
cumpridos no Rio Grande do Norte e um no Pará. Em São Paulo, houve apenas
cumprimento de mandados de busca e apreensão.
Preso em flagrante
Durante o cumprimento de um dos mandados de
busca e apreensão em Natal, os policiais encontraram dezenas de caixas de
cigarros com um dos alvos de mandado, que acabou preso em flagrante.
Ainda segundo a PF, durante as investigações a
corporação identificou uma associação criminosa formada por mais de 4 pessoas,
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, que atua no
Rio Grande do Norte, estados vizinhos e no exterior desde 2001.
Escolta de cargas
A organização criminosa usaria policiais
militares para escoltar cargas ilegais de cigarros dentro do país. Após
representação policial, a Justiça Federal, com parecer favorável do Ministério
Público Federal , deferiu várias ordens judiciais, inclusive o sequestro de
bens.
A corporação informou que o material colhido na
investigação será compartilhado com as polícias Civil e Militar, bem como com o
Ministério Público Estadual, para providências de competência dessas
instituições, considerando a verificação de indícios de prática de outros
crimes.
Os envolvidos são investigados pelos crimes de
organização criminosa, contrabando e corrupção. A PF afirmou que o nome da
operação faz referência ao componente cancerígeno do cigarro e, também, ao
aspecto rentável da atividade ilícita.
G1
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