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segunda-feira, 4 de julho de 2016

'Julho Verde' tem programação especial no Rio Grande do Norte!

A programação do “Julho Verde” no RN contará com palestras, simpósio e um evento no Parque das Dunas, que deverá envolver a população sobre os cuidados da prevenção
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço – SBCCP preparou para o próximo mês mais uma Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço - “Julho Verde”, visando conscientizar a população sobre a doença, seus principais fatores de risco e como preveni-la. No Rio Grande do Norte, a campanha é coordenada pelo vice-presidente da SBCCP, Dr. Luís Eduardo Barbalho de Mello.

A programação do “Julho Verde” no Rio Grande do Norte contará com palestras, simpósio e um evento no Parque das Dunas, que deverá envolver a população sobre os cuidados da prevenção através de palestras e ginástica laboral. (Confira programação no cartaz anexo).

O dia 27 de julho foi definido como o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço no congresso mundial da especialidade, realizado em 2014, pela Federação Internacional das Sociedades Oncológicas de Cabeça e Pescoço, e a SBCCP, que em 2017 comemorará o seu Jubileu de Ouro, realiza este ano a 2ª edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço - “Julho Verde”, visando conscientizar a população sobre a doença, seus principais fatores de risco e como preveni-la.

Câncer de cabeça e pescoço
Infecção pelo HPV é um importante fator de risco. 14 milhões de brasileiros podem desenvolver a doença.

Já é notório que a associação dos hábitos de beber e fumar multiplica em até 20 vezes a chance de uma pessoa saudável desenvolver algum tipo de câncer de cabeça e pescoço, porém a infecção pelo papilomavírus (HPV) tem contribuído, nos últimos anos, com o aumento na incidência desta doença, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).

“A infecção pelo HPV é um importante fator de desenvolvimento do câncer de faringe. Uma das formas de contágio por essa infecção é por meio da prática do sexo oral e em pessoas com múltiplos parceiros sexuais”, explica o cirurgião de cabeça e pescoço Dr. Fernando Walder, presidente da SBCCP.

“Entre os sintomas preocupantes estão nódulo persistente no pescoço, principalmente quando não desaparece espontaneamente em até 21 dias, é endurecido e cresce progressivamente, lesão na boca que não cicatriza espontaneamente em até 21 dias, e rouquidão por mais de três semanas, em especial em fumantes e consumidores frequentes de bebidas alcoólicas. Tais manifestações servem de alerta para a procura com urgência de um cirurgião de cabeça e pescoço, já que podem ser indicativos da doença”, alerta Dr. Walder.
 
Evolução da doença

O diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura do câncer de cabeça e pescoço.

Estudos epidemiológicos demonstram que a infecção pelo HPV já é a principal responsável pelo desenvolvimento do carcinoma espinocelular, que é o tipo de tumor mais frequente (cerca de 90% dos casos), especificamente na região da faringe, posterior à boca, nos Estados Unidos. O que é ainda mais preocupante é que atinge preferencialmente indivíduos jovens (menores que 45 anos).

Os trabalhos brasileiros demonstram que cerca de 7% da população pode ter infecção pelo HPV detectada na boca. “O número parece pequeno, mas em um contexto de 200 milhões de pessoas, esse percentual representa cerca de 14 milhões de indivíduos em risco de desenvolver a doença no Brasil”, explica o cirurgião de cabeça e pescoço Dr. Leandro Luongo de Matos, coordenador da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço - “Julho Verde”.

A análise dos pacientes tratados no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) revela taxas de cura superiores a 90%, em casos de câncer de laringe diagnosticados precocemente, contra 27% para pacientes diagnosticados com câncer de boca e faringe em estágio avançado, ou seja, quando o tumor tem grandes proporções e/ou quando há a presença de linfonodos metastáticos no pescoço.

“O tratamento de um tumor avançado pode provocar sequelas significativas no paciente”, esclarece Dr. Matos. Ele ressalta também a importância do combate aos principais fatores de risco, mesmo após o diagnóstico: “Sabe-se que a manutenção do hábito de fumar e do abuso do álcool, bem como o sexo SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO Fundada em 1967  desprotegido, aumentam a chance do paciente desenvolver um segundo tumor de cabeça e pescoço durante o acompanhamento”.

Os médicos da SBCCP são unânimes em afirmar que nunca é tarde para tomar consciência dos hábitos prejudiciais à saúde e optar por uma vida mais saudável.
 
Perfil do paciente

De acordo com a publicação “Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil”, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a previsão para o ano de 2015 foi de aproximadamente 576 mil novos casos de câncer na população brasileira.

Segundo o levantamento do INCA, o câncer de boca, laringe e demais sítios é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata, com mais de 18 mil casos diagnosticados anualmente no Brasil. Nas mulheres, prepondera o câncer da tireoide, sendo o quinto mais comum entre elas.

A incidência crescente da doença no Brasil já era apontada na Revista Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, em artigo publicado na edição de dezembro de 2012.

“É necessária a implantação imediata de políticas públicas pelas autoridades de saúde, principalmente quanto à implementação de programas de diagnóstico precoce e de combate aos fatores de risco, pois trata-se de uma doença, na maioria das vezes, relacionada à exposição a fatores comportamentais evitáveis”, declara o cirurgião de cabeça e pescoço Dr. Leandro Luongo de Matos, um dos autores do artigo.

De acordo com o artigo, o perfil demográfico preponderante do paciente com câncer de cabeça e pescoço é de indivíduo do sexo masculino, com idade entre 40 e 69 anos, fumante e/ou consumidor habitual de bebidas alcoólicas. Porém é cada vez mais frequente o diagnóstico da doença em indivíduos jovens (menores que 45 anos), sem a exposição a estes fatores, com tumores originados pelo HPV.

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