Proposta
de isenção foi aprovada na CAE por unanimidade, com 21 votos favoráveis.
Com a demora da Câmara para pautar o projeto do governo federal que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (24), um projeto de lei (PL) alternativo que também isenta do IR os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil.
A
proposta foi aprovada na CAE por unanimidade, com 21 votos favoráveis. Como
tramitou em caráter terminativo, o texto pode seguir direto para a Câmara dos
Deputados, sem passar pelo plenário do Senado, a não ser que seja apresentado
algum recurso.
O
PL 1.952 de 2019 foi relatado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), adversário
político em Alagoas do relator do projeto do IR na Câmara, o deputado federal
Arthur Lira (PP-AL).
O
projeto relatado por Renan prevê ainda uma cobrança de IR menor para quem
recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350, faixa idêntica à proposta por Lira na Câmara.
A medida também prevê compensação fiscal com aumento do tributo para quem
recebe acima de R$ 600 mil por ano.
Calheiros
afirmou que a votação do projeto na CAE buscou destravar a tramitação da
isenção do IR na Câmara, que estaria sendo usada, segundo o senador alagoano,
como moeda de troca para aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
da Blindagem e da anistia aos condenados por golpe de Estado que culminou no 8
de janeiro.
O
senador destacou que a matéria “é de grande relevância para a correção de
injustiças tributárias com as pessoas de menor renda”.
Em
reunião de líderes nessa terça-feira (23), ficou definido que o projeto do
governo de isenção do IR será votado no plenário da Câmara no próximo dia 1º de
outubro.
Para
o senador Eduardo Braga (MDB-AM), foi a decisão da CAE de votar a matéria que
forçou a Câmara a pautar o tema para a próxima semana.
“Se
não fosse a iniciativa da Comissão de Assuntos Econômicos, nós talvez não
estivéssemos vendo finalmente a realização de um direito do povo brasileiro e
do trabalhador brasileiro ser conquistado”, disse Braga.
O governo vem pedindo a votação da isenção do IR no plenário da Câmara desde o retorno do recesso parlamentar, no início de agosto.

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