Campanha
tucana lembrou que votos de Marina e Aécio superam Dilma e indicam mudança
A
campanha da presidente Dilma Rousseff do PT respondeu com ironias os ataques do
adversário Aécio Neves do PSDB sobre a recomendação de um secretário do
Ministério da Fazenda para os brasileiros trocarem carne por ovos. No horário
eleitoral do rádio desta terça-feira (14), um locutor acusa o candidato de
mentir e diz que durante os anos dos governos tucanos o povo só comia carne “se
mordesse a língua”.
A
declaração do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio
Holland, na semana passada, vem sendo usada pela campanha tucana nas
propagandas eleitorais de Aécio para criticar a política econômica do atual
governo e para sugerir a volta da inflação.
A
recomendação do secretário foi considerada “infeliz” pela presidente Dilma Rousseff.
“Jamais [daria esse conselho] porque acho que as pessoas têm direito de comer
carne, ovo e frango”, afirmou a petista na segunda-feira (13).
No
programa desta terça, um dos locutores afirma que a acusação tucana “tem cheiro
de mentira”.
“Justo
eles [tucanos], que, quando eram governo, nosso povo só sabia o que era carne
se mordesse a língua.”
A
campanha petista dedicou quase 1 minuto, dos 10 minutos do horário eleitoral,
para responder às críticas e repetiu a estratégia de comparar os governos do
PSDB e do PT.
“Todo
mundo lembra. No tempo da turma do Aécio, carne no prato do povão, quando
tinha, era acém, chupa-molho e cruz-machado. Hoje a gente pode comprar patinho,
alcatra e chã”, disse o locutor.
Derrota
em Minas
A
campanha tucana, por sua vez, também usou o horário eleitoral desta terça para
rebater a propaganda petista, que vem explorando a derrota do tucano para Dilma
em Minas Gerais no 1º turno, Estado governado por Aécio de 2003 a 2010.
A
resposta veio ao final do programa, na voz de um comentarista político
identificado como César Reis.
“A
eleição ainda não acabou, portanto ninguém ganhou, nem perdeu.”
O
comentarista lembrou que, somados os votos de Aécio e Marina, “a mudança foi a
vitoriosa” e a petista perderia em Minas e em outros Estados. Ele destacou
também que o PT perdeu no ABC paulista, “reduto do Lula”. A propaganda de Aécio
também exaltou sua gestão em Minas, outro foco de ataques da campanha petista.
Elite
e recessão
Em
um programa dedicado quase exclusivamente a atacar o adversário, a campanha
petista repetiu as críticas ao “modelo de governo do PSDB” e ao estilo do
ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, sugerido por Aécio como ministro
da Fazenda, caso seja eleito.
O
programa se dedicou a mostrar a importância da função dos bancos públicos e
criticou Armínio por dizer, segundo a campanha, que os bancos públicos não
deveriam ter “tantas funções”. Destacaram também as “medidas impopulares” que
Aécio disse estar disposto a tomar para melhorar a economia.
“O
Brasil não pode voltar àquele passado em que era governado por uma elite e para
uma elite. É um governo de elite para uma elite”, afirmou Dilma.
Já
Aécio dedicou espaço à economia. “O quadro é de recessão. Reunimos os melhores
economistas, os mais experientes. Com sua credibilidade, vamos fazer o Brasil
crescer”, afirmou o candidato.
“Nós
mostramos em Minas como fazer. Não estou propondo nada que eu já não tenha
feito. Quero assegurar aqui: ninguém vai perder benefício algum. Ao contrário,
vamos fazer o País crescer e aí seus benefícios vão valer mais”.
Fonte:
R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário